quinta-feira, 26 de maio de 2011

Encontre sua zona de conforto!



       Em janeiro de 86 comprei o um contra baixo de segunda mão. Na música, funciona igual ao comércio de carros usados, quando você aprende a tocar melhor e compra um instrumento mais ajeitado, sempre tem alguém que vai querer seu fusca velho!
Na verdade eu e o vendedor éramos menores, e a negociação ocorreu  entre nossas mães.
Queria ser ter sido uma mosquinha pra ter escutado a conversa...
           -Esses meninos agora embestaram com esse tal de rock....
         -Fazer o que,né? Melhor do que ficar mexendo com droga nas esquinas.
          ..........hehehe

De modo que ainda no verão de  86 peguei umas aulas de baixo com o Pinguin, guitarrista da banda Trampo. Iniciei um trio instrumental com o Geléia,(baterista), e o Bicudo,(guitarrista). Ensaiava-mos nos fins de tarde com a assistencia de uma galerinha de surfistas chapados que ficavam escorados na parede. O projeto durou até o fim do verão(que no sul é muito pequeno), mas, já dava pra dizer que eu havia adquirido “certa experiência musical”.
De volta a cidade, aquela mesmice e as coisas pareciam não engrenar, até que uma bela tarde de domingo, quando caminhava pelas ruas, (depois de  um almoço em família daqueles em que todo mundo come até estourar e, uns vão dormir e outros vão embora pra dormir também), encontrei Chicão meu primo!
                      Confira o trabalho atual dele em http://www.chicomaurente.com.br/
 Tivemos uma conversa de dois minutos,tipo:
-To querendo montar uma banda;
-Eu também;
-Eu tenho um baterista bom lá no conjuntinho dos jovens da igreja;
-E eu conheço um guitarrista, o Junior;
-Beleza, vou passar no teu apê pra gente começar a trocar ideia sobre as músicas...
Esava formada a banda MEGAFORÇA(1986-1989).

Era uma banda que todos,(nós 4), amávamos e fizemos vários “showzinhos” e adquirimos mais um pouco de “certa experiencia musical”.
O fim da banda foi triste porque passamos a desejar o que não tínhamos e querer ser o que não éramos.
O guitarrista queria seguir o estilo de cada nova banda da cidade que surgia chamando atenção. E eu que sempre gostei do vocal do meu primo, por causa das criticas a umas desafinações, passei a querer um vocalista “melhor”, o que nunca aconteceu. Hoje ele seria um grande vocalista(porque tinha o principal, a voz e o sentimento), e aqueles shows que ele desafinou seriam a referência de como a banda melhorou.
Mas sabe como é adolescente,  tem muita pressa e pouco miolo!

Esse é o grande ponto de destaque desta postagem:

SE VOCÊ TEM ALGO QUE NA ESSÊNCIA É BOM, ENCONTRE SUA ZONA DE CONFORTO E SIGA  EM FRENTE, SEM DAR ATENÇÃO AS CRÍTICAS NEGATIVAS E INFLUÊNCIAS PASSAGEIRAS. Se o problema for falta de técnica, que tal pegar umas aulinhas aqui e ali...
O Chicão acreditou na conversa que não cantava nada e resolveu aprender teclado. Nos encontraríamos novamente em uma próxima banda, a EXTRUPTHOR. Mas isso é coisa pra quinta feira que vem! 



Chicão e eu, a dez anos atrás e muitos depois do fim da Megaforça!

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